sábado, 22 de outubro de 2011

Poluição sonora é uma das maiores reclamações na secr. de Meio Ambiente de SG

Texto por Marcelle Corrêa

Um dos maiores problemas do nosso planeta é a poluição. Seja ela do ar, do ambiente ou sonora, é algo muito preocupante para toda a população. Em São Gonçalo, a poluição sonora é um dos grandes motivos de queixas recebido pela secretaria de Meio Ambiente do município. Bares, indústrias, casas de shows e igrejas são os lugares onde mais há registro de queixas contra. A poluição provocada pelo ruído do som com elevada intensidade são perturbadores para quem não está participando do acontecimento onde o som é provocado.

-As pessoas desta época que vivemos querem chamar atenção. Parece que isso é o motivo para se viver, e muitos acham que possuindo o som mais alto tem poder, o que é um grande equívoco. É uma grande falta de respeito com os demais cidadãos- reclama a bancária Vânia Cabral, 42 anos.

Música alta tocando em casa, carros de som anunciando festas, barulho de centenas de pessoas conversando em bares durante a madrugada, gritos de louvor em um microfone desajustado, jovens com imensas caixas de som no carro, construção de edifícios, maquinas de construção civil, transito caótico e som de boates são as principais fontes desse tipo de problema de poluição sonora nas grandes cidades. Com o desenvolvimento da sociedade e a grande densidade populacional

-O critério básico de ruídos externos para áreas residenciais deve ser de 45 dB, bares e restaurantes 45-50 dB e igrejas e templos de 45-50 dB. A atual gestão tem procurado atender as reclamações solicitando adequação dos estabelecimentos às normas técnicas para ruídos. Além de estar atento ao pedido de novas licenças ambientais de estabelecimentos desses ramos, exigimos que se cumpra o isolamento acústico estabelecido por lei, a fim de evitar reclamações futuras- explicou o secretário de Meio Ambiente de São Gonçalo, Vanderlei Dias.

Outro grande problema com relação à poluição sonora está ligado aos veículos públicos, como ônibus, metrôs e barcas. O avanço da tecnologia acabou criando um hábito inusitado nos ônibus. Muitas pessoas ao invés de usarem o fone de ouvido, colocam o celular no viva voz, com um som estridente, obrigando aos demais passageiros a ouvirem seu gosto musical também. Existem dois estilos de música totalmente opostos que são os campeões da musicalidade no ônibus, o funk e música gospel.

-Existem pessoas que colocam músicas com palavrões e apologia ao tráfico. Acho que ninguém precisa ser obrigado a ouvir esse tipo de música. O direito de um começa onde acaba o do outro. E até onde sei é proibido o uso de rádios em transporte público. Os cobradores não se arriscam a repreender essas pessoas por medo de serem ameaçados. Se eu cismar de colocar meu Iron Maiden no último volume eles vão fazer cara feia- disse o estudante Rafael Tavares, 26 anos.

Tem pessoas que por não aguentar mais o som indesejado, reclamam de forma inusitada. O técnico em informática Bruno Silveira, de 34 anos, se irritou no ônibus, após uma menina ouvir música alta no coletivo.

-A viagem era longa, eu não ia aguentar aquela música de mau gosto com um péssimo som, cheio de ruídos durante uma hora. Pedi para que usasse o fone de ouvido e ela se recusou. Comuniquei então ao cobrador e ao motorista, que nada fizeram. Ouvir música alta no ônibus é proibido por lei, assim como fumar. Se ela estava autorizada a continuar ouvindo sua música com o consentimento das autoridades dos veículo, eu também poderia fumar,e foi o que fiz. Fumei bem no cabelo dela, para o cheiro entranhar e a garota não reclamou- relembra Bruno.

A Secretaria de Meio Ambiente informa que todos os estabelecimentos devem respeitar o horário de início e término de suas atividades e que a aplicabilidade da Lei do Silêncio não se restringe ao horário da noite. Caso alguma irregularidade seja detectada, a lei dele prevalecer. Ainda de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, mensalmente, chegam cerca de 40 solicitações entre pedidos e reclamações.

-Entre as queixas, os pedidos de corte e poda de árvores são os recordistas. Em segundo lugar, está a questão da poluição sonora na cidade- pontuou o secretário.

Nenhum comentário: